Todos e quaisquer debates sobre os fatores do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, desde que honestos e abastecidos por indicadores e dados insuspeitos, necessariamente devem reconhecer as diferenças entre os ciclos de gestão publica nestes seus mais de 45 anos de vida autônoma. O olhar para esta realidade é instigante e merece abordagens objetivas e esclarecedoras.
Sem desprezar eventuais méritos de cada governante, mas pondo na mesma balança as respectivas responsabilidades, qualquer pessoa terá à sua frente um cenário de impactantes contradições e profundas transformações. Até à primeira década dos anos 2000, em que pesem os avanços de ordem socioeconômica, Mato Grosso do Sul não tinha logrado plasmar a sonhada identidade do estado-modelo.
Na contramão de conquistas expressivas, sobretudo pelo poder de atração da natureza e das demais potencialidades, sua existência vinha em compasso de expectativas quase sempre frustradas. O desenvolvimento era uma charada que governo algum conseguia decifrar. Uma das ilustrações do período era o choque entre a exclusividade do gigantismo econômico de Campo Grande, a capital, e os mais de 70 municípios de receita acanhada, limitados pela falta de infraestrutura, logística e outros itens cobrados pelos investidores.
Dificilmente este cenário poderia mudar em curto prazo. E mudou. O que era quase possível começou a acontecer quando um modelo novo e inovador de gestão publica foi exigido e entronizado pela população. Em 2015, ao assumir o governo e garantir, sob incredulidade geral, que uma de suas prioridades seria concluir e entregar mais de 200 obras inacabadas que recebeu, Reinaldo Azambuja fez um corajoso repto a si mesmo. E cumpriu.
Além de acabar o que estava inconcluso, ele fez do planejamento estratégico e da responsabilidade política e programática as bases que, gradualmente, animaram os investidores e deram chão e fôlego para não só retomar o crescimento, mas ao mesmo tempo enfrentar e superar as crises. Com isso, até a concentração de motivações progressistas deixou de ser exclusiva da Capital, pois a gestão municipalista ampliou e democratizou as várias formas de evolução.
O governante destas mudanças terminou o mandato e foi sucedido por outro mudancista: Eduardo Riedel. Ele faz as lições do aprimoramento e das inovações tão enraizadas na gestão anterior. O Estado ficou mais forte e competitivo. É um dos que lideram em melhor gestão fiscal, o 2ª em competitividade, de acordo com o Centro de Liderança Publica. É, sem duvida alguma, um Estado à prova de solavancos e não precisa caminhar mais aos trancos e barrancos.