Estrela da NFL, O.J. Simpson foi julgado e absolvido pelo duplo assassinato de sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e do amigo dela
O.J. Simpson morreu, aos 76 anos, em Las Vegas, nesta quarta-feira, após uma batalha contra o câncer. O falecimento foi confirmado pela família do ex-atleta, nas redes sociais.
Uma das principais estrelas da NFL, O.J. Simpson foi julgado e absolvido pelo duplo assassinato de sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e do amigo dela, Ron Goldman, nos anos 1990. Ele foi absolvido, num dos julgamentos que mais repercutiram nos Estados Unidos e no mundo.
“No dia 10 de abril, o nosso pai, Orenthal James Simpson, sucumbiu à sua batalha contra o câncer. Ele estava cercado por seus filhos e netos. Durante este período de transição, a família dele pede respeito a seus desejos de privacidade”, diz a nota publicada nas redes do ex-atleta.
Em 2008, O.J. Simpson foi condenado por um assalto à mão armada. Ele permaneceu preso durante nove anos até a Justiça americana lhe conceder a liberdade condicional. Ele deixou a penitenciária de Lovelock, em Nevada, nos EUA, em outubro de 2017.
Histórico turbulento
O.J. Simpson foi preso em 2008 por um assalto à mão armada em um hotel-cassino de Las Vegas, nos EUA. O ex-jogador de futebol americano alegou que tentava impedir a venda de artigos esportivos que pertenciam a ele, além de itens de seu acervo pessoal. Simpson foi condenado a 33 anos de prisão, mas se credenciou para pedir liberdade condicional por bom comportamento, após ter cumprido nove anos na cadeia.
Antes de ser condenado pelo assalto, Simpson já havia ganhado notoriedade por outros problemas com a Justiça. Ele foi acusado, em 1994, pelo assassinato de Nicole Brown, sua ex-mulher, e Ronald Goldman, que estava em sua companhia. Simpson acabou absolvido. O julgamento, transmitido pelas principais redes de TV dos EUA em 1995, tornou-se um marco midiático e motivou diversas produções audiovisuais — uma delas, “OJ: Made in America”, recebeu o Oscar de melhor documentário neste ano.
O passado turbulento de O.J. Simpson e a notoriedade do julgamento nos anos 90 eram vistos como fatores que poderiam pesar contra a tentativa de obter liberdade condicional. Antes do início da audiência, em que obteve o benefício, os membros da comissão exibiram uma pilha na qual disseram haver “milhares” de cartas enviadas por pessoas favoráveis e contrárias à libertação de Simpson.